História da Loja Maçônica Regeneração 3ª de Londrina

templo

Quem passar pela rua lateral do cemitério municipal de Londrina não deixará de apreciar o belo monumento de arquitetura que é a sede da Loja Maçônica Regeneração 3ª, filiada ao Grande Oriente do Paraná. No Amplo edifício funcionam diversas oficinas de aperfeiçoamento de seus trabalhos, dentre os quais se destacam a proteção aos órgãos, assistência as viuvas, aprimoramento e difusão dos conhecimentos humanos, enfim à pratica da filantropia que é a principal base da organização que se engrandece com os serviços sociais que anonimamente pratica.

Aquele magnifico templo de obreiros livres teve sua origem no escritório de Eduardo Garcia Dias, situado à Rua Maranhão nº690, sala nº5, 1ºandar, nos idos de 1944.

Eduardo Garcia Dias de categorizada filiação maçônica de Curitiba, na época era o contratante com a Prefeitura de Londrina, (gestões de Major Miguel Blassi e Cap. Aquilis Pimpão), para a pavimentação de suas ruas a paralelepípedos. Foi o construtor de toda rede central da cidade de escoamento das águas pluviais, colaboração que, desinteressadamente, prestou ao primeiro Engenheiro do Município, Dr. Bergonze. Habituado a aplicação da justa medida por meio do esquadro e compasso e sentido a falta dos rumores dos martelos das reuniões da Ordem, procurou reunir alguns maçons para encontro em seu escritório afim de estudar a possibilidade da fundação de uma Loja que congregasse os confrades no afã salutar de prestar auxilio à tanta gente necessitada. Foi fácil a tarefa inicial de congregar numero exigido para as seções, pois Londrina, naqueles bons tempos, era um verdadeiro centro de amizades, sem prevenções, predominava ao lado do espirito de progresso a colaboração e entendimento.

Semanalmente, no escritório da Rua Maranhão, reuniam-se Eduardo Garcia Diaz, Fioravante Tamarozzi, Newton Guimarães, Alexandre Santoro, Guilherme Ribeiro Soares, Nemézio Apolinário Duarte, Belmiro Correia de Oliveira, Evandro Machado S. Thiago e Jonas Faria de Castro, Aristeu Santos Ribas.

Por mais de um ano o embrião da Loja Regeneração 3ª de Londrina, funcionou no escritório de Eduardo Garcia Dias que, vendo aumentar seus filiados, procurou Mister Arthur Thomas, então diretor da Cia. Melhoramentos Norte do Paraná, de quem era amigo, em companhia de outros confrades, para adquirir três datas, (justamente onde está localizado o atual templo), pela importância, na época, de 30.000 Reis. Na ocasião, cada data valia quantia superior. As datas ficaram reservadas para a construção da Loja e só, muito mais tarde, foram feitas as transferencias das mesmas em obediência a uma recomendação anotada pelo saudoso Mister Thomas que, na oportunidade, não mais pertencia a Companhia.

A denominação de Regeneração à Loja de Londrina deve-se ao seguinte: uma reunião, já numerosa, foi cogitado de se dar uma denominação especial à Loja. Por proposta de Evandro Machado foi aprovado que o nome deveria ser dado pelo seu fundador e mais categorizado confrade Eduardo Garcia Dias, o qual, por sua vez, agradecendo a deferência justificou que a incumbência deveria recair não no mais graduado e sim no mais idoso e, no caso, seria Newton Guimarães, surgiu então o nome da Regeneração que posteriormente passou a ser Regeneração 3ª de Londrina.

A fundação da Loja de Londrina se deu quando era maior a luta entre Grande Loja e Grande Oriente do Brasil e uma das condições iniciais de sua fundação seria a de absoluta neutralidade na campanha então existente. A Loja de Londrina seria um ponto de encontro entre os que lutavam por seu princípios e donde levariam a palavra de congregação para injustificável campanha. Só depois de contar com de 50 filiados é que a questão da filiação ao Grande Oriente ou Grande Loja seria resolvida pelo voto secreto. Essa norma foi prorrogada para maior numero de filiados poderem votar, mas, tempos depois, foi feita a filiação ao Grande Oriente do Brasil, com a ressalva de acolher amistosamente os integrantes da Grande Loja, principalmente aos seus fundadores. Essa ressalva foi o ponto de partida para a união das duas correntes que haviam desentendido.

Com o constante aumento de seu quadro a Loja passou a funcionar no escritório de Aristeu Santos Ribas, à avenida Paraná, que era mais amplo. Aí o trabalho perseverante de Aristeu Santos Ribas, com apoio dos abnegados confrades, conseguiu amealhar fundos para pagamento das datas, anteriormente compradas sob palavra e que Arthur Thomas vendeu, a baixo preço, como homenagem a seus irmãos residentes na Inglaterra e todos maçons.

De posse da escritura dos terrenos, já bastante valorizados, algum tempo depois, foi fácil ao espirito empreendedor dos confrades londrinenses, partir para a construção do seu templo que engrandeça à cidade e a iniciativa dos mestres e obreiros.

Hoje, muito tempo se passou, a Augusta, Respeitável, Benemérita, Benfeitora e Grande Benfeitora Loja Simbólica Regeneração 3ª, conta com mais de 140 (2014)  obreiros e esta vinculada ao Grande Oriente do Paraná que por sua vez é filiado à COMAB.